Ação da PF e PC-AM ocorreu na manhã desta quinta-feira (13). Investigações iniciaram a partir da detecção da circulação de arquivos na internet contendo cenas de abuso sexual infantil. Suspeito tem 16 anos de idade
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Um adolescente de 16 anos foi apreendido durante a ‘Operação Incestum’, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Civil do Amazonas (PC-AM) na manhã desta quinta-feira (13). O menor é suspeito de armazenar e compatilhar mídias de pornografia infantil de abusos contra a própria irmã de seis anos em Manaus.
Durante a operação, foram apreendidos equipamentos eletrônicos e mídias de armazenamento usadas pelo investigado. A namorada dele, de 17 anos, também está sendo investigada por suspeita de participar dos abusos. Segundo o menor, era ela quem armazenava as mídias dos abusos. A suspeita já foi indetificada e notificada para comparecer a delegacia.
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Conforme a PF, as investigações iniciaram a partir da detecção da circulação de arquivos contendo cenas de abuso sexual em plataformas da internet nos Estados Unidos por uma organização que combate exploração sexual infantil, que informou a organização central da PF em Brasília.
Em um primeiro momento, a Polícia Federal suspeitava que o responsável pelo envio das mídia seria um homem adulto, mas após investigações, o adolescente foi identificado e a Polícia Civil acionada.
Conforme a PC, um Boletim de Ocorrência (BO) já havia sido registrado pela própria mãe do autor em dezembro do ano passado, e foi ordenado que o suspeito se afastasse da vítima.
Segundo a titular da Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (DEEAI), Joyce Coelho, os abusos eram cometidos quando o jovem ficava sozinho com a irmã. Ainda de acordo com a delegada, o infrator informou que não vendia as mídias, mas compartilhava e recebia mídias sociais de outras crianças.
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Joyce Coelho ainda destaca que a apreensão foi solicitada à Justiça para preservar a dignidade sexual da criança, e que o suspeito precisa urgente passar pelo processo de ressocialização, pois apresenta indícios de um futuro perigo para a sociedade.
O adolescente pode responder por ato análogo a estupro de vulnerável, produção, armazenamento e compartilhamento de mídias contendo cenas de abuso sexual infantil na rede mundial de computadores. As investigações irão continuar para identificar as pessoas que recebiam as mídias.
Foto: Divulgação/ PC-AM