Após tragédia, famílias são retiradas de área antingida por deslizamento em Manaus

De acordo com o chefe de operações da Defesa Civil, José Mendes, Manaus tem 1.600 áreas de risco que são mapeadas pelo órgão

Foto: Carlos Oliveira/ SEMCOM

Nesta segunda-feira (20), oito famílias foram retiradas de uma área no bairro Redenção, em Manaus, onde um deslizamento de terra causou a morte de Jeferson Araújo, 30 anos, e sua filha Ester Amorim, 8 anos, no domingo (19).

Segundo a prefeitura, as famílias afetadas devem receber Auxílio Aluguel no valor de R$ 600 e outros benefícios, incluindo cestas básicas, colchões e kits de higiene e limpeza, fornecidos pelo Serviço de Proteção em Situações de Calamidades e Emergências.

Os corpos de Jeferson Araújo e sua filha Ester Amorim foram retirados dos escombros da casa por volta das 22h do domingo. Segundo a Defesa Civil do Amazonas, eles foram encontrados abraçados.

Foto: Arquivo Pessoal

Outras pessoas ficaram feridas, incluindo a esposa de Jeferson, Jhuliana Amorim, de 27 anos, que acabou perdendo uma das pernas e segue internada em estado grave.

De acordo com o chefe de operações da Defesa Civil do município, José Mendes, embora as famílias tenham sido retiradas da área, os órgãos de fiscalização realizarão novas análises no local para verificar se outras casas também estão em risco de serem afetadas futuramente. Ainda conforme o chefe de operações, Manaus tem 1.600 áreas de risco que são mapeadas pelo órgão, porém devido a extensão da cidade, é um trabalho difícil para ser solucionado.

Ao todo, 58 bombeiros, incluindo especialistas em resgate em estruturas colapsadas, salvamento e atendimentos de primeiros socorros, estavam no local. Além disso, especialistas com cães de resgate da corporação também participaram da operação.

Rede clandestina de água

O prefeito em exercício de Manaus, Renato Junior, visitou o local do deslizamento de terra e atribuiu o desastre a uma ligação clandestina de água na rua Macapá, que comprometeu a encosta do barranco. No entanto, ele destacou que será necessário aguardar o laudo da Defesa Civil para confirmar as causas.

Segundo Renato Junior, a avaliação técnica da Defesa Civil apontou que a área é de risco para moradias e que o vazamento da rede clandestina causou infiltração, sobrecarregando a encosta. Moradores relataram que o vazamento acontecia há meses.

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Foto: Carlos Oliveira/ SEMCOM

Familiares das vítimas informaram que Jefferson trabalhava como carregador no Centro de Manaus e também jogava futebol amador no bairro onde morava. Ele foi lembrado como um homem dedicado ao trabalho para sustentar a família e era extremamente apegado à filha, Ester.

Segundo familiares, ele era muito querido na comunidade, e todos se mobilizaram nas buscas por ele e a filha, que eram inseparáveis.

Ester foi descrita pelos parentes como uma criança sociável e divertida, que contava os minutos para a volta do pai e adorava dormir abraçada com ele e a mãe.

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