FVS-RCP faz alerta sobre o aumento de casos da dengue no Amazonas

Nas duas primeiras semanas de janeiro já foram confirmados 58 casos da doença no estado

Foto: Divulgação/ FVS-RCP

Os casos de dengue no Amazonas tendem a aumentar nas próximas semanas e podem superar o registrado em 2024, estima a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).

De acordo com o informe epidemiológico mais recente, divulgado pelo órgão no último dia 16, nas duas primeiras semanas de janeiro já foram confirmados 58 casos, sendo dois considerados graves. Ao todo, foram notificados 309 casos, dos quais 223 são prováveis positivos.

No ano de 2024, o estado já registrou aumento de 44% nos casos de dengue em relação a 2023, segundo o consolidado da FVS-RCP. Também foram registrados cinco óbitos pela doença.

No estado, Manaus lidera o ranking de incidência da doença por município, segundo a FVS-RCP. Na capital, foram registrados 32 casos entre 1° e 16 de janeiro. Em segundo lugar está Envira, com 22 casos confirmados. Além do município, outras duas cidades também estão em alerta para o aumento da dengue.

Para tentar conter o avanço da doença, uma orientação foi emitida pela fundação para os municípios do interior do estado. O foco é ampliar ações de eliminação dos criadouros do Aedes aegypti. Nos próximos dias, um plano de contingência da doença para os 62 municípios do Amazonas deve ser lançado.

Ainda de acordo com o informe divulgado, dos 58 casos confirmados, dois são considerados graves. A gravidade pode ser relacionada a condições coexistentes nos pacientes, que também são idosos.

Os idosos, no entanto, são a segunda faixa etária com menos registros confirmados da doença nos primeiros 16 dias do ano, representando apenas 12,1% do total de casos. O grupo supera apenas jovens entre 10 e 19 anos, que representam 10,3% dos casos confirmados.

A doença tem mostrado uma alta incidência em crianças menores de 10 anos. A faixa etária concentra 34,5% dos casos.

Sorotipos e Sintomas

Neste ano a fundação está monitorando os quatros sorotipos de dengue que circulam no país, inclusive o dengue Tipo 3, que foi registrado pela primeira vez nos últimos quinze anos no Amazonas, em 2024.

Segundo o Ministério da Saúde, o Tipo 3 é considerado um dos sorotipos mais virulentos do vírus da dengue, tendo maior potencial de causar formas graves da doença. No entanto, os sorotipos 2 e 3 são frequentemente associados a manifestações mais severas.

“Os quatro sorotipos são suficientemente distintos para que uma infecção por um deles não ofereça imunidade contra os outros. Isso significa que uma pessoa pode ser infectada até quatro vezes”, destacou a pasta.

Entre os sintomas mais comuns associados a dengue estão:

  • Febre alta;
  • Dor no corpo e nas articulações;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Mal-estar;
  • Dor de cabeça;
  • Manchas vermelhas no corpo.

Os sinais de alarme da doença são caracterizados principalmente por:

  • Dor abdominal intensa e contínua;
  • Vômitos persistentes;
  • Acúmulo de líquidos;
  • Sangramento de mucosa;
  • Irritabilidade.

Segundo a FVS-RCP, a melhor forma de evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação de mosquitos transmissores da doença.

As medidas consistem em:

  • Limpeza de quintais;
  • Evitar o acúmulo de matéria orgânica e;
  • Uso de repelentes;
  • Esvaziar garrafas PET, potes e vasos;
  • Guardar pneus em locais cobertos;
  • Limpeza das calhas de casa;
  • Manter a caixa d’água, tonéis e outros reservatórios de água bem fechados;
  • Amarrar bem os sacos de lixo.

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